Amor e Gelato

Alguns livros podem ser muito reveladores. Amor e gelato, para mim, foi um desses livros.

Comprei esse livro na Bienal do livro do Rio de Janeiro de 2017 com a certeza de que eu amaria esse romance. Peloamordedeus, o enredo se passa na Toscana, a autora realmente morou lá por anos e é um romance adolescente, quer dizer, como não amar?! Eu explico: não amando.

Ler Amor e gelato me fez cair em mim mesma e perceber que eu estou velha demais para livros assim. Minha vibe é outra há muito tempo e eu não tinha me dado conta disso até terminar o livro e pensar “pois é Bruna, chegamos, definitivamente, ao fim de uma era”.

Fonte: Intrínseca

Não me entendam mal, o livro não é ruim. Quero dizer, 99% dos seus leitores deram 5 estrelas para ele no Google Books! Só estou dizendo que, se os personagens fossem um pouco mais maduros e algumas partes fossem mais verossímeis, talvez ele estaria no meu Top 10. Mas não está.

A personagem principal é Lina, uma garota que acabou de perder a mãe que faleceu de câncer, e ela está indo para a Itália, contra a vontade dela, para realizar o último pedido da sua mãe: conhecer um antigo amigo de sua mãe que, ao que tudo indica, é seu pai. Então lá vai Lina, viver na Toscana por um ano. Nesse cenário de romance a moda hollywoodiana, Lina encontra um diário da sua mãe, de quando ela morou na Itália e, enquanto a jovem revive os passos da mãe pela Toscana, Lina faz vários amigos e se apaixona. Afinal, como não se apaixonar na Toscana? Conta pra mim.

A sinopse parece maravilhosa, e é, só que Jenna Welch faz parecer que na Itália todos são lindos, poderosos, ricos e tudo é possível, basta pegar uma lambreta e sair Toscana a fora. Quero dizer, se for assim mesmo… falow amigos, Itália lá vou eu! Vamos combinar que ela poderia ter viajado menos na maionese e feito algo mais verossímil? Não é pedir muito.

Fonte: Intrínseca

Adorei as partes em que Lina refaz os passos da mãe, indo à lugares famosos e típicos da Toscana porque a autora traz muito detalhes e histórias locais – o que eu amo. Ela só pisou na bola quando Lina está trilhando o próprio caminho, aí ela perdeu a mão. Alguns trechos são cheios de drama e reviravoltas, o que dá um toque de “novela mexicana”, o que fez com que eu perdesse um pouco a paciência com o livro.

Claro, essa sou eu, a Bruna velha dizendo. Se você me perguntar se o livro é bom e se eu recomendo, vou dizer “olha, eu não gostei, mas é que esse tipo de livro deixou de ser interessante para mim, porém acho que você deve ler sim e depois me contar o que achou”.

Aliás, para quem já leu: o que acharam? Comenta aí porque estou louca para saber!

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